Depois de muito meditar cheguei à
conclusão que viver na presença de Deus é como navegar. Nós somos o barco,
Jesus é o vento, a vida é o mar, e quem entende de navegação - mesmo que só um
pouquinho – sabe que para evitar acidentes é preciso que os três itens estejam
em perfeita harmonia.
Nascemos de velas abaixadas e por
isso nos deixamos levar pela correnteza da vida com certa freqüência. Ficamos
às vezes sem rumo, à deriva, cercados de águas revoltas por todos os lados.
Olhamos ao redor e tudo o que vemos é mar, nenhuma terra à vista, ninguém pra
conversar... Então a noite cai e pela primeira vez lembramo-nos de olhar para o
céu em busca de socorro. Olhamos para as estrelas na tentativa de descobrir o
caminho, mas por mais que o vejamos não conseguimos segui-lo, pois a correnteza
é forte demais. E depois de tanto remar sem sucesso, a gente perde as forças e
acaba se deixando naufragar.
Nesses momentos, precisamos ter
em mente que ancorar é preciso.
Orar é preciso.
Abrir as velas e deixar que o
vento do espírito nos conduza a um porto seguro é a opção mais acertada. Só
assim podemos mergulhar no mar da vida sem medo de nos afogarmos. Porque quando
o vento, que é Jesus, sopra sobre as águas as ondas deixam de ser tribulações e
passam a ser bênçãos. As águas que antes nos afogavam, passam a renovar as
nossas forças. A pressão que nos levava à morte nos lapida e nos habilita a boiar
durante a madrugada, até que pela manhã, contra todas as leis da física,
consigamos andar sobre as águas.
"Se tudo mudou
eu abro as velas da embarcação
na esperança que pela manhã
avistarei o porto onde te encontrarei..."
Os Arrais - Esperança
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