sábado, 29 de junho de 2013

Moviola #2 - Minha Mãe é Uma Peça

Mãe é tudo igual, só muda o endereço. Certo? Graças à Deus que não. Se minha mãe fosse igual à dona Hermínia, eu acho que eu não aguentaria... de tanto rir. Se você acha que sua mãe é louca, corra pro cinema e descubra que mãe louca por mãe louca, dona Hermínia vence a todas. E vence no grito.

Título: Minha mãe é um apeça
Título no Brasil: Minha mãe é uma peça
Diretor: André Pellenz
Roteirista: Paulo Gustavo
Cast: Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães, Samantha Schmutz, Herson Capri, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Mônica Martelli, Suelly Franco, Alexandra Richter.
Hearts: ♥♥♥♥♥

Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma mãe muito zelosa e super protetora. Divorciada de Carlos Alberto (Herson Capri), seu ex-marido, Hermínia vive para seus filhos Marcelina (Mariana Xavier), Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Guarib (Bruno Bebianno), mesmo que o último já seja casado e viva muito longe de suas asas – o que não a agrada muito. Aliás, Juliano e Marcelina também já são bem grandinhos, mas para dona Hermínia – assim como para todas as mães – eles ainda são crianças que precisam de cuidados a todo momento. Marcelina porque é gorda e Juliano porque é... gay.

- Eu criei você e seu irmão juntos. Seu irmão é magro.
- Mas é gay.

O filme retrata o dia-a-dia dessa família nada convencional onde o amor é demonstrado através do grito. Hermínia grita pra tudo. Para acordar os filhos, para xingar a namorada escrota e 20 anos mas nova de seu ex-marido, para desmoralizar a síndica ladra do prédio, mas acima de tudo, pra mostrar ao mundo que ama seus bebês. Acontece que todo esse amor é interpretado por seus filhos como pura chatice, e é justamente aí que a situação se complica. Cansados das loucuras da mãe, seus filhos resolvem desabafar com o pai e com Soraya (Ingrid Guimarães) Aquela vaaaaaaaaaaaaaaaca, mas Hermínia acaba ouvindo coisas que mãe alguma gostaria de ouvir.

- Manda um beijo Ra Soraya. Aquela vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaca.

Devastada pelos absurdos que ouviu, Hermínia resolve dar um gelo em seus filhos e vai para a casa de sua tia Zélia (Sueli Franco) sem avisá-los, e é lá que entre uma conversa e outra a história ganha vida. Envolta em lembranças, Hermínia percebe que, apesar de desnaturados, seus filhos lhe proporcionaram bons momentos ao longo de sua vida; e eles acabam percebendo o mesmo. Apesar do terrorismo de todos os defeitos, mãe é uma só – E no caso, deles, graças á Deus, né, porque ninguém aguentaria duas Hemínias nesse mundo.

- A Marcelina está num mau-humor que ninguém consegue se comunicar com ela.
- É sua filha, né?
- É... é minha filha sim.
- É... é SUA filha sim.
- É, eu fiz com o dedo, né, Carlos Alberto.

Acho que não preciso dizer que o filme é fabuloso. Quando descobri que a peça viraria filme, achei que ficaria fantástico, mas nunca imaginei que ficaria tão bom. Ri ininterruptamente do início ao fim, e o que é melhor, minha mãe – que também é uma peça – se escangalhou de tanto rir, e pediu pra ver de novo (isso é raro, gente. Muito raro).
A atuação de todos os atores foi fantástica, e a química entre eles é inegável. Os personagens foram muito bem construídos, a maquiagem e o figurino estão de parabéns, e a história em si é fantástica. Impossível não se apaixonar e não sair do cinema rindo de orelha à orelha, cantando e dançando Sandra Rosa Madalena de Sidney Magal. Sim, eu dancei... e não me julguem, pois quando assistirem, você farão o mesmo.

“Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar. Quero ver o seu corpo dançar sem parar.”



(Trailer)

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2 comentários:

  1. Vou assistir esse filme com a minha mãe, parece ser super engraçado hahah! Amei teu blog, já tô seguindo!! Se puder, da uma olhadinha no meu?
    viverserfeliz-renata.blogspot.com ✌

    Beijos!

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    Respostas
    1. Faz muito bem em levar sua mãe. O filme é fantástico e dá um up na relação que é uma beleza.

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