quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Moviola #4: O fabuloso destino de Amélie Poulain

Título: Le fabuleux destin d'Amélie Poulain
Título no Brasil: O fabuloso destin de Amélie Poulain
Diretor: Jean Pierre Jeunet
Roteirista: Guillaume Laurant e Jean Pierre Jeunet
Cast: Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Serge Merlin.
Hearts♥♥♥

Enrolei milênios para finalmente desvendar o Fabuloso destino de Amélie Poulain, e hoje simplesmente não entendo como pude viver tanto tempo sem tê-lo assistido. Fazia tempos que não assistia a um filme tão encantador e inspirador assim; tão perfeito que faz quase uma semana, e ainda não achei palavras para descrevê-lo. Por isso, decidi ficar com o adjetivo usado no título do filme: Fabuloso! Amélie é simplesmente fabuloso, do roteiro à fotografia. Da atuação à mensagem. Eu - uma sem coração nata - estou apaixonada. Acho que o filme cumpriu com seu objetivo, afinal.


"Estranho o destino dessa jovem mulher privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..."

O filme conta a história de Amélie (Audrey Tautou), uma menina que cresceu isolada de outras crianças porque seu pai - e médico - achava que a pobre tinha uma arritmia cardíaca. Devido à tal doença Amélie fora educada em casa por sua mãe que era professora. Apesar de ser uma criança amada, seus pais nunca mantiveram relações muito estreitas e afetuosas com a ela e a falta de relacionamento familiar se agravou quando sua mãe veio a falecer ainda em sua infância. Essa dificuldade de criar e manter laços com outras pessoas somada a vários outros fatores influência muito na maneira como Amélie se relaciona com os outros em sua vida adulta. Ou seja: Amélie não se relaciona e ponto final.

"Se Amélie prefere viver no sonho e ser uma moça introvertida, é direito dela. Pois estragar a própria vida é um direito inalienável.’’

Quando se torna adulta, a moça percebe que viver com seu pai pela o resto da vida estava fora de cogitação e decide mudar-se para Montmartre, onde arranja um emprego como garçonete. Certo dia Amélie acha por coincidência em seu banheiro uma caixinha cheia de fotografias e lembranças do passado de alguém desconhecido, e é aí que seu destino muda para sempre. Apaixonada por mistérios como sempre foi, a moça vai atrás do homem da caixinha e ao conseguir encontrá-lo e devolvê-lo seus pertences, sente no peito uma vontade inquietante de ajudar e resolver os problemas de todas as pessoas. E assim ela faz, só esquecendo de si mesma.
A verdade é a timidez de Amélie é tão grande que nem mesmo namorados ela costuma arranjar. Tentou algumas vezes, mais nada saíra como esperado, então ela logo desistiu. Até que encontrou Nino (Matthieu Kassovitz), o moço do álbum de fotos - tão misterioso e peculiar quanto a mesma. Seria o namorado perfeito, não fosse a sua timidez.

- Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes.
- Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros.
- E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?

Apesar de muito introvertida, Amélie possui alguns amigos e o locutor do filme adora ressaltar as manias de cada personagem. Amélie, por exemplo, aprecia os pequenos prazeres como enfiar a mão num saco de grãos, quebrar a casquinha do crème brûlée com uma colher e jogar pedras no canal St. Martin.  Sr. Dufayel ou o pintor (Serge Merlin) – meu segundo personagem favorito – é apaixonado pelo quadro “O almoço dos barqueiros” de Renoir, e pinta uma cópia do quadro por ano, sendo o seu maior desafio retratar com fidelidade os olhos de uma das moças da pintura. Para o pintor a moça parece alheia a tudo, como se quisesse se privar do mundo, tal qual Amélie. Por isso o pintor, por meio de referências à moça do quadro, está sempre tentando dizer a Amélie que ela precisa perder de vez o medo de viver e parar de tentar resolver os problemas alheios, quando ela mesma tem problemas de sobra.

Então, minha querida Amélie, você não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, então, com o tempo, seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. Então vá em frente, pelo amor de Deus!."

Acho que nem preciso dizer que estou encantada com a história, né? Apesar de parecer meio confuso no início (principalmente quando a áudio está em francês, a legenda em português e o cérebro falhando de sono), mas o filme vale muito a pena. A história tem a medida certa de humor, romance, sarcasmo, psicopatia e mistério, e todos esses ingredientes muito bem dosados, fazem do filme algo tão delicioso quanto, como diria Amélie, quebrar a casquinha do crème brûlée com uma colher. Sei que a casquinha do meu coração foi quebrada, despedaçada e invadida por essa bela historia. Por isso, se você ainda não viu, corra para a locadora mais próxima e se delicie com o Fabuloso destino de Amélie Poulain.

 “São tempos difíceis para os sonhadores...”


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Votrola #11 - Projeto Sarau

"Olhe pro seu amigo, do seu lado esquerdo, e fale para ele do fundo do peito, o quanto ama ele e o quanto vai mudar se um dia desses, ele te abandonar."


Sabe quando a música chega suave aos ouvidos e de repente, não mais que de repente, encanta os sentidos e conquista o coração? Então... Numa das minhas andanças pelo Youtube de madrugada descobri uma galera que conquistou os meus ouvidos, o meu coração e um lugar reservado na minha humilde prateleira de CD’s.
O projeto coletivo intitulado “Sarau” reúne 7 grandes talentos  da nova geração da MPB, são eles Daniel Chaudon, Toni Ferreira, Tais Alvarenga, Gugu peixoto, João Guarizo, Aureo Gandur e Fred Sommer. Sangue novo e de boa qualidade para a música brasileira.

 O primeiro a me conquistar foi Toni Ferreira, “o menino da voz de Cazuza”; É impossível não notar a semelhança entre as vozes e é mais impossível ainda não agradecer aos céus por poder ouvir uma voz tão deliciosa. Descobri esse moço cantando “Reflexos de nós” ao lado da digníssima e maravilhosa Maria Gadú e através desse vídeo encontrei o link do canal do Sarau Vevo. E foi assim que a minha viagem musical começou. Fui de vídeo em vídeo, de link em link, procurando saber mais sobre esses anjos musicais, e  foi assim que descobri que esses lindos têm é história.

Aureo, Fred e Gugu faziam parte de um núcleo chamado “Os Varandistas” onde eles se reuniam com os amigos pra tocar e cantar informalmente por pura paixão, feito um lual na varanda. Acontece que Maria Gadú também fazia parte desse núcleo e através dela é que a teia foi se formando. Toni era colega de quarto/aluno de Maria, que também conhecia João e Daniel, que por sua vez, conhecia Gugu. Circulo fechado, só faltava Tais abandonar o teatro e se entregar de vez à música pra esse projeto ficar ainda mais bonito. (Uffa! Acho que é isso!)


E com toda essa intimidade no ar, o DVD não poderia ter outra cara, outro som, outro cheiro que não fosse família. Num ambiente todo intimo – com direito a almofadas pelo chão, luz baixa e cachorro correndo pelos cantos – o DVD ficou nada mais, nada menos que encantador. Eu ainda não o vi por completo. Tenho me contentado com os vídeos do Youtube, mas sinceramente, é um desses DVD’s que a gente bate o olho e precisa levar pra casa, que é pra ouvir até furar – de novo.

Como cada artista canta duas músicas, resolvi fazer aqui uma Playlist com as minhas favoritas:



Encantem-se!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Capture: Palco





Sem frio na barriga, sem pernas tremulantes, sem coração acelerado e sem brilho no olhar. Ela estava fria, vazia, tão automática quanto um robô, vivendo só por viver, fazendo só por fazer.
Sorriu sarcasticamente, diversas e repetidas vezes, como de uma piada interna entre ela e seu eu. Como se estivesse na cochia de uma peça teatral e conhecesse bem cada deixa, e soubesse o final de cor. A vida era um palco onde ela encenava sentimentos que nunca sentira de fato. Como um poeta que finge o amor que sente e transforma em poesia para arrancar lágrimas alheias.
O espetáculo aconteceu de improviso. Um caco de fala aqui, outro acolá. Muitos sorrisos, muito carão, figurino e maquiagem impecáveis. Uma atuação digna bis e muitas indicações ao Oscar. Mas no final, quando as cortinas se fecharam e os aplausos tomaram o teatro, cada ator foi pro seu canto e ela ficou pensando no momento compartilhado. Na ilusão colaborada. Naquilo que vivera na vida emprestada que ganhara no palco. Na vida que ela vivia todo dia, mas que não a pertencia.

sábado, 17 de agosto de 2013

#Shelf - As crônicas de Nárnia: #1 O sobrinho do mago - C. S. Lewis


Título: As crônicas de Nárnia: O sobrinho do mago
Título Original: The Chronicles of Nárnia - The magician's nephew
Autor: C. S. Lewis
Editora: WMF Martins Fontes
Hearts: ♥♥♥♥

Sinopse: A aventura começa quando Digory e Polly vão parar no gabinete secreto do excêntrico tio André. Ludibriada por ele, Polly toca o anel mágico e desaparece. Digory, aterrorizado, decide partir imediatamente em busca da amiga no Outro Mundo. Lá ele encontra Polly e, juntos, ouvem Aslam cantar sua canção ao criar o mundo encantado de Nárnia, repleto de sol, árvores, flores, relva e animais.

Senhoras e senhores, finalmente começaram a devorar a um dos livros que estavam na meta de leitura da minha vida. Sim! Comecei a ler As Crônicas de Nárnia e como todo bom leitor, estou devidamente encantada. Tanto que não consegui esperar até o final para fazer uma resenha do livro todo, uma vez que as várias crônicas que compõem a história são bastante independentes. Por isso, fica aqui um pouquinho de O sobrinho do mago pra você, que assim como eu ama os filmes, mas não entendeu porque o cinema resolveu entrar no guarda-roupa sem nem mesmo contar como ele foi feito.
  
"Oh, filhos de Adão, com que esperteza vocês se defendem daquilo que lhes pode fazer o bem!
[...]
- Durma. Afaste-se por algumas horas de todos os tormentos que forjou a si mesmo."

Digory e Polly são duas crianças muito levadas que estão sempre em busca de aventuras. Eles vivem em Londres e aventura da vez é explorar um túnel que liga os porões de toda a vizinhança. Polly e Digory pretendem chegar pelo túnel à casa vazia - e provavelmente assombrada - que fica logo após à casa de Digory, mas devido a um erro de cálculos, os dos acabam indo parar no porão da casa do próprio Digory, o escritório proibido do louco do Tio André, um homem de dar medo. Acontece que a mãe de Digory anda muito adoentada, por isso o menino e sua mãe precisaram se mudar para a casa de tia Leta e tio André, e é lá no porão, onde tio André se esconde, que a aventura começa.

- Quer dizer, este bosque é apenas um dos mundos?
- Não! Acho que este bosque nem chega a ser um mundo. Não deve ser mais do que um lugar de passagem.

Tio André é um homem muito ambicioso e prepotente. Um mago estudioso de magia que, no entanto, não a entende muito bem, e acima de tudo, tem medo de testá-la em si mesmo. Por isso, quando vê Polly e Digory me seu escritório, não perde a oportunidade de fazê-los de cobaias e bola um plano mirabolante para enviá-los para outro mundo com ajuda de seus anéis mágicos – Amarelo para ir, verde para voltar. Acontece que o anel amarelo não leva exatamente a outro mundo, e sim a um bosque que dá acesso a todos os outros mundos. Mundos esses que Polly e Digory resolvem explorar e por isso acabam indo parar em Charn, a terra da temível Feiticeira Branca Jadis, a última rainha de Charn. Jadis destruiu Charn e está em busca de outro reino ao qual possa governar, e não vê maneira melhor de conseguir esse feito, que não através das crianças.

- Nárnia, Nárnia, desperte! Ame! Pense! Fale! Que as árvores caminhem! Que os animais falem! Que as águas sejam divinas!

Após muitas idas e vindas entre os mundos e uma confusão sem tamanho envolvendo Londres, a polícia, cavalos e uma tentativa insana de Jadis de governar a Terra, Digoy, Polly, Tio André, a Feiticeira e mais uma galera acabam indo parar acidentalmente na Terra de Nárnia, bem no dia de sua criação. Aslam, o Leão, dá vida a Nárnia e a todas as suas criaturas existentes com seu belo canto e sua voz poderosa, e tudo o que se planta, brota instantaneamente - sem dúvidas, uma das coisas mais belas que tive o prazer de imaginar. Mas como nem tudo são flores, a Feiticeira está à solta e cabe a Digory e Polly repararem o mal que causaram ao levarem a Feiticeira à Nárnia.
As crianças - Digory principalmente - embarcam numa árdua jornada à mando de Aslam em busca do fruto proibido que é capaz de proteger Nárnia da feiticeira e  selar a paz no reino. Mas como tudo tem seu preço, para conseguir o fruto, Digory terá que provar seu caráter e resistir aos desejos mais ardentes de seu coração.

 “Quando as coisas vão mal, parece que vão de mal a pior durante certo tempo; mas quando começam a ir bem, parecem cada vez melhores.”

Estou encantada com a história, e estou mais encantada ainda com os pequenos detalhes presentes na Crônica que ligam a história da criação de Nárnia ao segundo livro O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, onde finalmente conheceremos Lucia, Susana, Edmundo e Pedro, os reis e rainhas de Nárnia. C. S. Lewis é de ms sensibilidade incrível e conta a história assim em terceira pessoa. Às vezes até da a impressão de que tem alguém sussurrando cada palavra no seu ouvido, como se fosse uma daquelas histórias que se conta para crianças na hora de dormir.
Acabei de virar a página, estou agora entrando no guarda-roupa jundo com Susana, Edmundo, Pedro e Lucia para enfrentar a Feiticeira novamente. Afinal, ninguém é velho demais para ouvir belas histórias.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

#Shelf - A maldição do tigre - Colleen Houck







Título: A maldição do tigre
Título Original: Tiger's curse
Autor: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Hearts: ♥♥♥♥♥

Sinopse: Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

Quero mais! Muito mais! Foi exatamente isso o que eu senti/gritei assim que terminei de ler A maldição do Tigre da primeira vez há uns meses atrás. E é exatamente assim que me sinto agora que terminei de lê-lo pela segunda vez.  Peguei esse livro emprestado com a linda da Titina, do Miss Thay, e não vejo a hora de ler o resto da saga. Mas nossos encontros são mais escassos que o meu dinheiro, e o meu dinheiro é mais escasso que chuva no deserto, e toda essa escassez só alimenta a minha abstinência e me faz arrancar os cabelos da cabeça, um a um.

“Tigre! Tigre! Brilho, brasa
Que a furna noturna abrasa,
Que olho ou mão armaria
Tua feroz simetria?”

Kelsey tem 17 e vive no Oregon com seus tutores desde que seus pais morreram. Como toda garota americana que termina o ensino médio, Kelsey sai em busca de um emprego temporário de férias que a ajude a custear os livros da faculdade, e quem sabe até mesmo uma parcela da caríssima mensalidade... Ela só não esperava que o tal emprego fosse justamente em um circo, o caloroso e familiar Circo Maurizio. E esperava menos ainda que esse simples trabalho de bilheteira e cuidadora de animas a levasse a uma grande aventura pela Índia envolvendo príncipes, tigres, deuses, grandes perigos e uma maldição.

“Ele tinha uma expressão de melancolia quase humana. Se os tigres têm alma, e eu acredito que tenham, imagino que a dele seja triste e solitária.
Olhei dentro daqueles grandes olhos azuis e sussurrei:
- Queria que você fosse livre.”

Ao chegar no circo, Kelsey logo se encanta pela maior atração do Circo Maurizio, o belíssimo e misterioso tigre branco, Ren. Desde a primeira vez que o vê, Kelsey sente uma estranha conexão com o felino, que lhe transmite uma segurança que animais de seu porte geralmente não inspiram. Por isso a moça passa a gastar boa parte de seu tempo livre com o Tigre, que se torna o modelo para seus desenhos e uma ótima companhia, além de um ótimo ouvinte. Acontece que poucos dias depois um misterioso homem, Sr. Kadam, aparece no circo a fim de comprar Ren em nome se um riquíssimo empregador, dono de uma reserva natural na Índia, e percebendo a afeição de Kelsey pelo tigre, convida a moça para acompanhar Ren em viagem e sua adaptação ao novo lar, em troca de experiência e um bom dinheiro. Kelsey aceita a proposta e embarca sem reservas nessa grande aventura. E que aventura!
Na viagem, Kells descobre que seu amado tigre branco tem um irmão, um tigre negro chamado Kishan. E mais ainda, descobre que os dois são, na verdade, príncipes indianos que foram amaldiçoados há mais de trezentos anos por um ambiciosíssimo homem que estava disposto a passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos e conseguir poder, não poupando nem mesmo a vida de sua própria filha. Como se não bastasse todas essas informações, Kelsey descobre que é a protegida da deusa Durga, a deusa guerreira que possui um tigre, e também a escolhida para quebrar a maldição dos tigres. Irônico, não?

Eu havia construído uma represa em torno do meu coração depois que minha família morreu. Não me permitira amar ninguém porque temia que essa pessoa fosse tirada de mim outra vez. Intencionalmente, evitava laços estreitos. Eu gostava das pessoas e tinha muitas amizades, mas não me arriscava a amar

    Devido a maldição, os dois dispõem apenas de alguns poucos minutos como humanos por dia, e é num desses poucos minutos que Ren convence Kelsey a ajudá-lo; É também nesses poucos minutos que os dois se apaixonam. Toda a conexão que Kelsey sentia pelo tigre parece se intensificar pelo belo sexy, sedutor, gostoso homem, e o fato de terem que trabalhar em dupla não torna as coisas mais fáceis para Kelsey, que não suporta a ideia de ser tão dependente emocionalmente de alguém.
   Romances à parte, nesse primeiro livro a meta é encontrar a primeira das quatro oferendas que devem ser ofertadas à deusa Durga, para que a maldição seja finalmente quebrada. Kells e Ren devem cumprir ardilosas tarefas e enfrentar grandes perigos para conseguir quebrar a maldição. Eles só não contavam que em toda sua jornada, o maior perigo de todos seria a paixão que sentem um pelo outro.

Acho que me apaixonar por ele seria como mergulhar em um precipício. Seria ou a melhor coisa que me aconteceria ou o erro mais idiota que eu cometeria. Faria com que minha vida valesse a pena ou com que eu me chocasse contra as pedras e me arrebentasse completamente.
  
Como já disse lá no início da postagem: Eu QUERO/PRECISO de mais! Colleen Houck é uma escritora fantástica e conseguiu criar uma história incrível e personagens PER-FEI-TOS! Ren e Kishan são extremamente sedutores e apaixonantes. Percebi logo nas primeiras linhas que Kelsey estava maus lençóis, mas em mãos maravilhosas (ai coração!). Kells é outra personagem fantástica. Me identifiquei muito com a moça em diversos aspectos, mas não foram poucas as vezes que tive vontade de matá-la só para entrar em seu lugar. O senhor Kadam é outro chuchu, o avô dos sonhos de qualquer um. E outro fator que merece destaque (além de toda a história) são as comidas Indianas. A Maldição do Tigre é um glorioso orgasmo gastronômico. Céus! Quanta comida gostosa. Senti vontade de ter o fruto nas mãos para desejar cada uma delas, mas como não posso, desejo apenas que O Resgate do Tigre - o segundo livro da saga - venha logo parar na minha estante, e que o filme de A maldição do tigre seja logo lançado, antes que não me restem mais cabelos para arrancar.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Vitrola #10 - Top 5 - Violinices

Hello, peeps!
Essa semana está rolando aqui no Rio de Janeiro o 19º International Rio Cello Encounter, um concurso de violoncelistas que é aberto ao público, e está enchendo de música vários pontos da cidade.

Faz pouco tempo que eu estudo música e venho nutrindo o sonho de tocar violoncelo e violino, mas ao contrário do que se pode pensar, me encantei por esses instrumentos por causa de uns arranjos bem moderninhos e nada parecidos com os que eu costumava ouvir por aí nas grandes orquestras.

Muita gente ainda torce o nariz para os instrumentos clássicos, por isso resolvi fazer esse post nada erudito. Fica aqui meu top 5 de bandas/músicos que utilizaram violinos e violoncelos de maneira nada clássica. Espero que gostem!!

E, ahhhhh... Quem for do Rio, vale a pena comparecer ao Rio Cello. É incrível e é de graça. É só checar a programação aqui. ;p


1) Tori Kelli, Kevin (K-O) Olusola e Scott Hoying - Princess of China



2) Heart Attack - Kevin (K-O) Olusola

 

3) Lindsey Stirling - Elemets




4) Nuttin but Stringz - Thunder



5) 2Cellos - Every teardrop is a waterfall

domingo, 4 de agosto de 2013

Vitrola #9 - Enfeitando domingos com Sábados


E agora uma notícia especial pra quem ainda sente na boca o gosto de ter cantado em alto e bom som "É sexta-feira, amor!" naquele treze do doze de dois mil e doze, no Teatro Rival. Naquela quinta-feira, ocorria no Rio o último show da turnê do aclamado álbum Canções de apartamento do Pequeno Príncipe Cícero Rosa Lins. Foi uma noite linda, com participação da diviníssima Maria Gadu, e como tudo o que é bom, nos deixou com gostinho de quero mais.

(capa de Sábado)

Pois então, demorou um pouco, mas o menino Cícero resolveu voltar a enfeitar nossos domingos. No último dia 27 de julho, Ciço revelou o nome de seu novo CD: Sábado. E disse também que o mesmo será lançado em meados de Agosto. Não bastasse a surpresa do nome e a previsão de lançamento, Ciço ainda divulgou a ficha técnica e a capa, o que fez o eu coração saltitar em expectativa por tanta lindeza.

De acordo com a Carol Tavares - a produtora do Cícero - o disco contará com a produção e os arranjos de Bruno Schulz (o moço encantado do acordeon), e com as participações dos lindos Marcelo Camelo e Silva, dividindo-sem entre o piano, o baixo e a bateria. Sem contar o Bruno Giorgi, que é filho do Lenine e não só masterizou alguns dos meus álbuns xodós de Marcelo Camelo e Céu, mas também produziu Chão, o último disco o pai. Disco que eu adoro, por sinal.

O álbum estará disponível nas versões Digital, CD e Vinil e promete firmar de vez o nome de Cícero no mercado fonográfico e no coração dos fãs. Agora só nos resta esperar a track list, o lançamento oficial e as datas dos novos shows, que tenho certeza, serão tão emocionantes quanto aquele último show no Teatro Rival. A diferença é que agora é Sábado, amor!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

AncoreTag #3 - Alfabeto literário

 

Hello pessoinhas!!
Para o mundo, que eu tô de férias e finalmente vou poder responder à Tag literária que a Thais do Miss Thay me indicou faz quase um mês. Posso ouvir um amém?

Bem, a tag chama-se Alfabeto literário, e as regrinhas são as seguintes:


-  Você deve escolher cinco letras e mandar uma sequência diferente para cada blog que você queira indicar.
- Os blogs 'tagueados'  devem citar 5 livros, um pra cada letra designada pelo blog indicador.  
- Os artigos não contam. Ex: '' A terra das sombras'', a letra que vale é a da palavra após o artigo, que no exemplo seria a letra 't'.
-  O número de blogs indicados é de escolha própria.
-  Na ausência das letras, o autor pode escolher sua sequência.


A sequência que eu recebi foi B, T, O, V, Q e os livros escolhidos foram:


- B –


Belo desastre – Jamie McGuire
Bem, esse livro está aqui por motivos de Travis Maddox. Mentira, não é só por isso. O livro é fantástico, a história é viciante, o Travis é um gostoso, a Abby é incrível e a Jamie é uma malvada por me fazer sofrer pelos próximos anos esperando as versões individuais da família Maddox. Apenas!
Quem ainda não leu, LEIA! BD é um Young Adult que vale muito a pena e deixa aquele gostinho de quero mais, sabe? Vício!

- T -

O teorema Katherine - John Green
Quando ouvi falar da história, pensei logo: lá vem John Green com mais uma história arrebatadora cheia de lágrimas. No entanto eu não poderia estar mais enganada. Katherines é, de todos os livros que li até agora (ACEDE e Alaska), o mais leve e engraçado. As tentativas de Colin de elaborar um teorema para solucionar os relacionamentos da humanidade são divertidíssimas, eu seu relacionamento com Hassan é impagável. Portanto, são seja um sitzpinkler, e leia logo o Teorema.




 - O –

O Mágico de OZ  – L. Frank Baun
Gente, acabei de ler esse livro e estou infinitamente apaixonada pela história. O Mágico de Oz é um clássico e essa edição de luxo da Zahar é simplesmente mágica de tão linda, toda decorada de tijolos amarelos. Adorei a história e fiz uma descoberta: os sapatinhos da Dorothy são originalmente prateados. O vermelho icônico só passou a vigorar depois que a história foi para os cinemas, pois O Mágico de Oz foi um dos primeiros filmes coloridos da história. Recomendadíssimo!






- V –

A viagem do tigre - Colleen Houck
Olha, da saga do Tigre eu só li a Maldição, e estou arrancando os cabelos da cabeça para ler os próximos por motivos de estou viciada. Mas como minha mãe cortou minha verba, e a responsável por meu vício é a mesma pessoa que me indicou essa tag, aqui fica minha indireta em forma de ME EMPRESTA LOGO ESSES LIVROS, THAIS! Pronto, falei! <3

- Q -

Quem é você, Alasca? - John Green
Preciso realmente me justificar? John Green é um escritor fantástico, e apesar de ter lido ACEDE primeiro, meu primeiro contato com suas obras foi um trecho aleatório de Alasca queachei na internet. O trecho era If people were rain, I was drizzle, and she was a hurricane, e desde então não parei de perseguir os escritos desse homem. Hoje, Alasca é um dos meus livros favoritos.
Sinopse - Resenha no blog




E por último, indico dois blogs que estão fazendo a alegria das minhas ferias. Meninas, está com vocês!
Blogs indicados:
Pipoca Musical: G, E, P, U, F
Bolinho do apocalipse: R, M, S, C, I

E quem mais quiser fazer, é só bolar o seu próprio alfabeto, como já diz na regrinha, ok?
Até!