quinta-feira, 30 de maio de 2013

#Shelf - Apaixonada por palavras - Paula Pimenta


Título: Apaixonada por palavras
Título Original: Apaixonada por palavras
Autor: Paula Pimenta
Editora: Gutenberg
Hearts: ♥♥♥♥

Sinopse: 
Nos romances das séries “Fazendo meu filme” e “Minha vida fora de série”, Paula Pimenta conta a história de seus personagens. Já as 55 crônicas de “Apaixonada por palavras” contam o próprio dia a dia da autora. Aqui a protagonista é a Paula. Aqui é o destino dela que conta e que se conta. Aqui nos identificamos com ela e torcemos por ela. Aqui nos apaixonamos não por um personagem inventado, mas por uma pessoa de carne, osso, alma e, claro, palavras. (parte da orelha do livro, por Eduardo Loureiro Jr. - Editor do Crônica do Dia).

Apaixonante ainda é pouco para descrever o livro Apaixonada por palavras, da Paula Pimenta. Aliás, nenhum adjetivo daria conta de descrever qualquer livro da Paula, pois são todos incríveis. Depois de muito namorar o APP e de quase terminar de lê-lo ainda na livraria, resolvi tomar vergonha na cara e ler cada palavrinha escrita pela mais que apaixonante Paula Pimenta. Nem preciso dizer que não me arrependi. Não mesmo.

“Odeio cantadas. Flores não me seduzem. Chocolates então, nem pensar. O que me comove são palavras.”

Antes de ser a Paula-Pimenta-super- escritora-de-livros-incríveis  que nós conhecemos, Paula cursou jornalismo, mas acabou por se bandear para a publicidade quando percebeu que a imparcialidade não era o seu forte (assim como eu). Fugindo da seriedade jornalística, Paula buscou refúgio nas crônicas, e é aí que o Apaixonada por palavras, como conhecemos, tem início.

"Espero ansiosamente pela velhice. Essa é a única fase em que a inteligência e mais valorizada que a beleza."

O livro é, na verdade, uma seleção de crônicas da Paula que costumavam sair no Crônica do Dia. Agora, estas crônicas estão reunidas em um único livro tão doce quanto a capa. E por falar em capa, que capa mais linda! Aliás, toda a diagramação é linda demais. Fiquei encantada e irreversivelmente apaixonada por vermelho.

"Percebi que posso mudar pra onde for, exterior ou interior, mas o difícil mesmo é mudar o coração.

Por ser um livro de crônicas, é meio difícil resenhá-lo, já que as cônicas são bem independentes umas das outras. Mas em suma, os capítulos nos dão um leve vislumbre da vida da Paula em forma de crônicas: relacionamentos, amizades, faculdade, viagens, gostos, desgostos, pensamentos em geral. O mais legal de tudo é que as crônicas estão em ordem de publicação, o que nos dá a impressão de acompanhar o passo a passo da Paula e a evolução de sua escrita, inclusive o nascimento de FMF *o*.

"[...] Talvez por isso ela tenha aparecido no meu sonho. Uma espécie de sinal pra me mostrar que a vida não precisa ser tão complicada. Basta a gente dançar a nossa própria música e sorrir. Depois, é só agradecer. E o mundo se encarregará de mandar moedas e bater palmas."

 Minhas favoritas são: Regresso da ilusão, Gorducha, baixinha e dentuça, Apaixonada por palavras, Marte e Vênus, Platônica crônica, O sinal da menininha, Velhice, Casa, Tempo de volta, Carta a um futuro namorado, Bem guardado, 21A... ok, listei praticamente todas as crônicas, mas é só porque são realmente boas. Foi uma delícia ler cada uma delas, fechar o livro, apoiá-lo no peito, recapitular cada palavra e me perceber, de quando em vez, refletida em cada uma das linhas. Como a própria Paula escreveu É indescritível a sensação de ler um texto e me identificar totalmente com as palavras do autor’ e essa é a mais pura verdade. Declaro-me a cada dia mais apaixonada pela Paula, por sua escrita, por suas palavras e é com muita paixão que recomendo Apaixonada por palavras.

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. - Martha Medeiros"

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Vitrola #3 - She & Him all 60's

Quem ainda não conhece a She & Him?
Bem, devo confessar que nem eu mesma conhecia bem a banda. Tudo o que eu sabia se resumia às poucas músicas presentes na trilha sonora de 500 das com ela, o que é um absurdo, já que a banda já está em seu quarto CD (:O).



Isso mesmo! Zooey Deschanel e M. Ward lançaram seu quarto álbum, intitulado Volume 3 (o terceiro se chama A very She & Him christmas), no início de maio e bem, junto com o CD novo veio uma surpresa muito feliz: Zooey decidiu dirigir o single 'I could've been your girl''. Pra variar, o clipe está uma fofurice só.

Inspirada nos musicais dos anos 60, Zooey nos mostra - mais uma vez - todas as suas habilidades como dançarina. Dá vontade de guardá-la numa caixinha de músicas e deixar ela dançando ali em loop eterno, junto com esse refrão naaaada chiclete, que aliás, é uma delícia. Rsrsrs!



It doesn't matter, if I were willing
It doesn't matter that the lights are tender love
Oh, oh. I know you have to go

It doesn't matter, I fought my heart
It's broken, shattered to a million and one
Undone, I guess I haven't won
Cause I could've been your girlAnd you could've been my four leaf clover
If I could do it over. I'd send you the pillow that I cry on.
It doesn't matter, I just begun
And if you see me, just move on
Cause we are free and never meant to be
Cause I could've been your girl
And you could've been my four leaf clover
If I could do it over. I'd send you the pillow that I cry on.

Cause I could've been your girl
And you could've been my four leaf clover
If I could do it over. I'd send you the pillow that I cry on.
Cause I could've been your girl
And you could've been my four leaf clover
If I could do it over. I'd send you the pillow that I cry on.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cronices: Ecos no vácuo




Apesar de ser muito extrovertida, não gosto de falar em público. Não sou muito boa com palavras faladas, sempre me enrolo e falo coisas sem sentido. Fico nervosa, perco a linha de raciocínio, começo a suar, me dá branco. Também não gosto de telefonemas, prefiro as mensagens. Acho mesmo que tenho uma trava é com a minha voz. No entanto, gosto de escrever. As palavras escritas me revelam, me mascaram. Não sei porquê ao certo, mas me sinto mais segura com caneta e papel na mão. Falar não é seguro, e mesmo que fosse, falar e ser ouvido são coisas bem diferentes.
Fotografando pela cidade por esses dias parei para prestar a atenção nos detalhes, procurando uma boa história; algo visual, que falasse por si, e no entanto escutei os gritos das pessoas sem voz. Afora os rabiscos comuns – mera demarcação de território - desenhos e frases de protesto decoram o Rio como um todo. A cidade histórica hoje urbanizada, abriga muita gente, mas nas parede percebemos que nem todos acharam o seu lugar no mundo.

Sujeira, falta de educação, desrespeito ao patrimônio público, chamem como quiser; também não acho correto, mas antes de recriminar decidi imaginar os rostos escondidos  por trás de tais palavras. Seu dia-a-dia, sua realidade, quem sabe até mesmo a sua dor... Percebi que eles não são assim tão diferentes de mim. Quem não é muito de falar, tende a escrever na tentativa de ser lido, ouvido, sentido, e às vezes, escrever é a única forma de manter a cabeça no lugar.

Não estou aqui dizendo que pichar é correto e nem estimulando rabiscos sem propósito na parede branca do vizinho, estou falando de um tipo específico de pichação: a escrita, a poética. As bravas palavras não ditas carregadas de desespero, que vagueiam pela cidade e não chegam a ouvido algum. As sinceras palavras, tratadas como feias cicatrizes nas paredes da história da 'civilização'. As frases que diferentemente do som, se propagam e ecoam no vácuo, sem rumo, sem destino, procurando quem as ouça. As palavras que mudariam o mundo, caso reverberassem pelos quatro cantos da terra, mas hoje, escolheram mudar o meu mundo, a minha visão, a minha lente, a minha mente.



domingo, 19 de maio de 2013

Vitrola #2 - Maroon 5 trabalhada no petróleo


Depois de toda a ostentação petrolífera de Demi Lovato, quem chega nas paradas esbanjando tinta no corpo e lindeza é a Maroon 5 com o clipe de "Love Somebody" - o 4º single do álbum Overexposed (2012).

Pra falar a verdade, o clipe estava programado para ser lançado amanhã, mas o site japonês, Youku, liberou o vídeo hoje de manhã (esses asiáticos!).

Como já era de se esperar o clipe ficou fantástico. Com o fundo branco e a luz estourada, os músicos vão aos poucos ganhando forma, conforme a tinta toca seus corpos. E falando em tocar corpos... Adam - como sempre - sensualizou total com toda essa tinta em seu peito nu. (Cadê ar?)


(Na preview que saiu um tempinho atrás, a tinta era azul o.O)

I know your insides are feeling so hollow. And it’s a hard pill for you to swallow.

Yeah, but if I fall for you. I'll never recover.
If I fall for you. I'll never be the same.
I really wanna love somebody. I really wanna dance the night away.
I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way.
I really wanna touch somebody. I think about you every single day.I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way.
You’re such a hard act for me to follow. Love me today, don't leave me tomorrow.Yeah, but if I fall for you. I'll never recover.
If I fall for you. I'll never be the same.
I really wanna love somebody. I really wanna dance the night away.
I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way
I really wanna touch somebody. I think about you every single day.I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way.Whoa, whoa, whoa, oh, oh, oh. Whoa, whoa, whoa, oh, oh, oh.
I don't know where to start. I'm just a little lost.
I want to feel like we're never gonna ever stop
I don't know what to do. I'm right in front of you.
Asking you to stay, you should stay, stay with me tonight, yeah...
I really wanna love somebody. I really wanna dance the night away.
I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way.
I really wanna touch somebody. I think about you every single day.I know we're only half way there. But you can take me all the way, you can take me all the way.Whoa, whoa, whoa, oh, oh, oh
Whoa, whoa. Take me all the way (whoa, oh, oh, oh).
Ya, take me all the way (yeah).

quinta-feira, 16 de maio de 2013

#Shelf - Quem é você, Alasca? - John Green



“Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de conseqüências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais quando perceber é inútil.”


Título: Quem é você, Alasca?
Título Original: Looking for Alaska
Autor: John Green
Editora: WMF Martins Fontes
Hearts: ♥♥♥♥

Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.


"François Rebelais era poeta. Suas últimas palavras foram: Saio em busca de um Grande Talvez, é por isso que eu estou indo embora. Para não ter de esperar a morte para procurar o Grande Talvez."

Miles (Gordo) Halter é um adolescente muito inteligente e recluso. Gosta de ler biografias e colecionar últimas palavras, e é após ler as últimas palavras do escritor François Rebelais que Miles decide ir em busca de seu ‘Grande Tavez’, transferindo-se  da escola que freqüenta – onde leva uma vida medíocre e sem perspectiva - para a tradicionalíssima escola/internato Culver Creek.
Em Culver Creek, Miles conhece Chip (Coronel) Martin, o rei dos trotes da Culver e seu mais novo colega de quarto. Chip tem lá sua popularidade, sabe bem como pregar peças e agitar a Culver sem ser pego pelo Águia (o diretor), e para isso tem como aliados Takumi (divertido, rapper de primeira, detetive de gaveta) e Alasca Young (misteriosa, apaixonante, o mais novo amor da vida de Miles).

“Agora cumpre dizer que a garota era linda. Ao meu lado, no escuro, ela cheirava a suor, sol e baunilha, e, naquela noite de fina lua crescente, eu não enxergava muito mais que sua silhueta, exceto quando ela fumava, então a ponta chamejante do cigarro banhava seu rosto com um pálida luz avermelhada. Mesmo no escuro, eu podia ver seus olhos – ferozes esmeraldas. Ela tinha olhos do tipo que nos levam a apoiar todas as suas decisões.”

Juntos, Miles, Coronel, Takumi e Alasca enfrentam o labirinto da vida e da adolescência de peito aberto. De maneira, às vezes, inconseqüente – na maioria das vezes, na verdade -, mas muito... real. Os personagens são muito bem construídos, autênticos, divertidos, profundos e apaixonantes. E ver o crescimento dos mesmos ao longo do livro é simplesmente fantástico; Além das falas, é claro! Os diálogos são simplesmente impecáveis.
Tendo como título e, de certa forma, como assunto central o ‘relacionamento’ entre Miles e Alasca, é de se esperar que o livro conte uma grande história de amor, mas engana-se muito quem abre QÉVA achando que o livro trata-se disso. Miles é sim apaixonado por Alasca (pessoa), e o livro gira sim em torno da mesma, mas Alasca (o livro) não é uma história de amor. Pra falar a verdade, Alasca Young é uma megera - o que não a torna menos encantadora - e Gordo é bem ingênuo, quando comparado a ela. Ela é um mistério a ser desvendado, e Miles tenta desvendá-la, conhecê-la... Acontece que no processo ele acaba conhecendo a si mesmo.

Simples assim. De centenas de quilômetros por hora ao repouso em um nanossegundo. Eu queria tanto me deitar ao lado dela, envolvê-la em meus braços e adormecer. Não queria transar, como nos filmes Nem mesmo fazer amor. Só queria dormir com ela, no sentido mais inocente da palavra. Mas eu não tinha coragem. Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era a garoa e ela, um furacão.”

John Green nos leva a perceber o impacto que as pessoas têm sobre a vida das outras. Nos leva a refletir sobre o quando podemos crescer num pequeno espaço de tempo e como nós somos na verdade uma sucessão de acontecimentos e decisões. É um livro bem profundo e filosófico. Aliás, John é especialista nesse tipo de história. Sempre o admirei por escrever livros tão profundos para um público acostumado com histórias tão rasas e superficiais, e minha admiração simplesmente multiplicou depois de Quem e você, Alasca? Pra falar a verdade, as quotes desse livro foram o chamariz para que eu me aventurasse pelo universo de John. Encontrei uma frase na internet, baixei o livro em inglês, li boa parte, mas resolvi guardar a história para quando tivesse o livro físico nas mãos, e não me arrependi.

Para os que ainda estão em dúvida, saibam que Alasca é um livro incrível que te faz refletir, rir e até mesmo chorar em certos momentos. Falando em chorar, dedico ao John o prêmio Taylor Swift da literatura, porque Olha... tá difícil segurar essa depressão pós livros, viu! Ainda estou de ressaca literária. Agora só me resta superar. Mais uma vez superar o fim de um livro tão delicioso. Espero que isso aconteça da maneira mais simples: rápida e diretamente. Mas creio que esse meu labirinto nunca vai ter fim. Aliás, se é pra sofrer por livros, eu prefiro o labirinto.

“Quando os adultos dizem: ‘Os adolescentes se acham invencíveis’, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.”




quarta-feira, 15 de maio de 2013

Vitrola #1 - Tiago Iorc de música nova


Senhoras e senhores, pobres fãs sofredores de longa data. O Sr. Tiago Iorc enfim lançou música nova. Música nova de um CD novo, que ao contrário do que muitos pensavam, não sairá daqui mais três anos, mas sim lá pro mês de Agosto desse mesmo ano. É muita felicidade pra um frágil coração de fã.
Quem acompanhou o moço desde o início, com Let yourself in até Ducks in pound, percebeu - e aprovou - a notória mudança no estilo musical do rapaz. E de acordo com Tiago, o novo trabalho segue a mesma levada de Ducks, só que um pouco mais elaborada, um pouco mais ele:"Se as pessoas só pudessem ouvir um dos meus discos para conhecer meu trabalho, gostaria que fosse esse."

Bem, só nos resta esperar, e ficar com esse aperitivo delicioso que é It's a fluke.


Chance, gave its light tonight. Stars are aligned.
Sweetest thing to cross my eyes. Crossed my life.

Hold me tonight. Night after night.

What a place to be alive.
Here by your side. From silence we rise.
Arise.
Chance, gave sign tonight. Stars are aligned
Sweetest thing to cross my mind. Crossed my life.
Hold me tonight. Night after night.
What a bliss to be alive. Here by your side.
From silence we rise. What a bliss to be alive.
Lararara. Lararara. Lararara. Lararara.

Por enquanto o Tiago está cumprindo sua agenda, intitulada "Aquecimento da Turnê 2013". A partir de Agosto, serão lançados o CD e as datas da nova turnê, para felicidade geral da nação. (Ai, meu frágil coração!)


17/05 - FNAC (Sessão de Autógrafos) | Goiânia, GO
18/05 - Bolshoi Pub | Goiânia, GO
19/05 - Teatro Oi Brasília | Brasília, DF
07/06 - Teatro Governador Pedro Ivo | Florianópolis, SC
08/06 - Teatro Elias Angeloni | Criciúma, SC
09/06 - Teatro Juarez Machado | Joinville, SC
12/06 - Theatro Guarany | Pelotas, RS



quarta-feira, 8 de maio de 2013

#Shelf - A ascensão dos nove - Pittacus Lore


Título: A ascensão dos nove
Título Original: The rise of nine
Autor: Pittacus Lore
Editora: Intrínseca
Hearts: ♥♥♥♥

Sinopse: Antes de encontrar John Smith, o Número Quatro, eu estava sozinha, lutando e me escondendo para continuar viva. Juntos, somos ainda mais poderosos. Mas isso só vai durar até precisarmos nos separar para localizar os outros. Fui até a Espanha em busca da Número Sete e encontrei mais do que esperava: um décimo membro da Garde, que conseguiu escapar vivo de Lorien. Ella é mais jovem que o restante de nós, mas igualmente corajosa. Agora estamos à procura dos outros — de John inclusive. 


Como se não bastasse ter dois personagens narrando a história em “O poder dos seis” (John, Número Quatro e Marina, Número Sete), Pittacus Lore, em “A ascensão os nove”, resolve nos surpreender com mais um narrador, ou melhor, narradora: A Número Seis.

“A força dos números irá nos salvar.”

No livro anterior, Seis foi à Espanha em busca de Sete e para sua surpresa acabou encontrando não só Sete, mas também Ella, a Número 10 - a criança que foi mandada à Terra na segunda nave junto com os Quimaeras - e seu Cêpan, Crayton. Após lutar com os Mogs na costa da Espanha, Sete, Seis, Ella e Crayton decidem que é hora de reunir Garde e viajam para a Índia onde acreditam estar outro Lorieno, o Número Oito. Oito também perdeu seu Cêpan, e vive sozinho nas montanhas da Índa. Possui muitos legados desenvolvidos, inclusive teletransporte, e as poucas pessoas que o conhecem na India, o idolatram e protegem, pois acreditam que ele seja a encarnação de Vishnu, um deus Hindu muito poderoso.

“- Lugar bem legal, este seu – digo, voltando para a fogueira. Tenho fugido há tanto tempo que esqueci como é ter um lar. Ou sequer uma choupana.
- Este lugar tem algo especial. Um pedaço de mim vai ficar aqui pra sempre. Vou sentir muita saudade – Oito fala, olhando à sua volta com carinho.
- Então você vem conosco? – Marina pergunta.
- É claro que vou. Chegou a hora de ficarmos unidos, de trabalharmos juntos. Agora que Setrákus Ra chegou, preciso ir com vocês.
- Ele está aqui? – Crayton pergunta, de repente inquieto.
Oito come a primeira porção de cozido.
- Ele veio há alguns dias. Tem visitado meus sonhos.”

Enquanto isso, nos Estados Unidos, John tenta recuperar-se da batalha que enfrentou dentro da base Mogadoriana e tem que aprender a conviver com o prepotente Número Nove – o lorieno que o ajudou a sair de lá com vida. Nove é bem durão e egocêntrico, John é todo sentimental; Nove só pensa em esmagar, matar e liquidar os mogadorianos, enquanto John tenta bolar uma maneira de resgatar Sam e encontrar Sarah que aparentemente o denunciou para  FBI. O sentimentalismo de John, algo ao qual Nove não está habituado, torna o relacionamento dos dois um tanto conturbado, mas bem divertido. Eles discordam um do outro o tempo todo e sobra para Bernie Kosar a tarefa de fazê-los entrar em acordo, e o único acordo ao qual conseguem chegar é que é preciso reunir a Garde e derrotar Setrakus Rá, que está de volta á Terra.

“Estou arriscando a minha vida para ajudar Lorien – Nove diz, me encarando de um jeito que me faz ouvi-lo. – Morrerei por Lorien e por qualquer lorieno. E, se eu morrer, e isso é bem pouco provável, que seja esmagando duas cabeças de mogadorianos com as mãos e uma terceira embaixo dos pés. Ainda não estou a fim de sentir seu símbolo queimando em minha perna, então cresça, deixe de ser tão ingênuo e pense em algo que não seja você mesmo.”

Após alguns problemas com o FBI, que está trabalhando junto com os Mogadorianos em troca de tecnologia e poder, John e Nove seguem rumo a Chicago, onde Nove morava com seu Cêpan, Sandor, com o objetivo de treinar e se prepararem para a guerra. Enquanto isso Seis, Sete, Oito, Dez e Crayton tentam arrumar um jeito de ir ao encontro de Nove e John, nos Estados Unidos. Algo que pode ser bem difícil e perigoso através de modos convencionais.
As três narrativas seguem sucessivamente dando voz á história, mas quem dá o rumo são os outros personagens: Ella, que desenvolve Telepatia e passa a poder se comunicar com os outros membros; Nove e Oito que passam a ter sonhos/visões com Setrákus - as mesmas de John - direcionando a história para o Deserto do novo México, onde uma nave Loriena está sob os cuidados do FBI/Mog; Cinco, que ainda não apareceu efetivamente, mas nos deixou algumas pistas, e finalmente... Sarah. Oi? Sim, Sarah Hart, à traidora está de volta. Os dos últimos livros me fizeram querer matá-la, mas em AADN algumas coisas se explicam, bem, nem tudo... Leitores entenderão. Não falarei mais nada.

“Olho em volta por um segundo. É um milagre estarmos todos juntos, todos ainda vivos. Cada lorieno na Terra, exceto um está a poucos metros um do outro.
Estamos vivos e estamos lutando, e isso significa que ainda temos chance. E nós vamos encontrar Setrákus outra vê, e em breve. Na próxima vez, ele não vai escapar.”

Quem conhece a série Os Legados de Lorien sabe que aventura é o que não falta. Tenho que confessar que AADN não é o melhor de todos. É um livro de passagem, apenas uma preparação para a grande batalha contra os Mogs, que eu particularmente espero que chegue logo; mas ao mesmo tempo é um daqueles livros que deixam um gostinho de quero mais. Nunca vi tanto lorieno junto, minha gente! E sinceramente, quero muito mais. Muito mais história, muito mais personagens diferentes narrando, muito mais arquivos perdidos... Sim, Pittacus, por favor, lance mais arquivos. Spin-off é vi-da!
O jeito agora é esperar pra ver o que nos reserva a mente brilhante de Sr. Pittacus. Muitas surpresas, espero.