domingo, 15 de setembro de 2013

#Shelf - Cidades de papel - John Green

"Uma cidade de papel para uma garota de papel."




Título: CIdades de papel
Título Original: Paper towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Hearts: ♥♥♥♥

Sinopse: Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

M de metáfora, M de mistério, M de Margo.
 Acabei te ler mais um livro do John Green e me declaro definitiva e eternamente apaixonada pela escrita desse homem. O livro da vez foi Cidades e papel e o mistério e as metáforas em questão giram em torno de Margo Roth Spiegelman, mas uma personagem encantadora escrita por John. Aliás, em Cidades de papel, todos os personagens, diálogos, a trama, TUDO me encantou profundamente. Tanto que prefiro usar uma frase do próprio livro para descrever meus sentimentos:
“Mijar é como ler um livro bom: é muito, muito difícil de parar depois que você começa.”
E eu não parei até terminar, como já era de se esperar.

 “Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se totrnar um."


Quentin Jacobsen é apaixonado por Margo Roth Spielgelman, que é apaixonada por mistérios. Tanto a paixão de Q por Margo, quanto a paixão de Margo por mistérios surgiram mais ou menos na mesma época, quando os dois eram apenas crianças e encontraram um cara morto no parquinho onde costumavam brincar, cara esse que Margo descobriu nome, sobrenome, endereço, RG, CPF e causa da morte. Típico dela, que nunca resistiu a um mistério.
Mesmo sendo vizinhos, ao crescer Quentin e Margo não mantiveram um relacionamento muito estreito. Margo virou a garota mais popular e divertida da escola, enquanto Quentin virou um componente básico na cadeia alimentar do ensino médio. Aliás, o único motivo para ele e seus amigos não fossem devorados pela realeza era a intervenção divina (Q a via exatamente assim, como uma deusa, uma miragem) de Margo, que apesar de ser popular se diferenciava, e muito de seu grupo. E é por essas e outras diferenças que num certo 5 de maio, Margo aparece na janela de Quentin vestida de ninja e de cara pintada convocando-o para uma missão ultra secreta no meio da madrugada. Um engenhoso e misterioso plano de vingança contra seu namorado e seus falsos amigos, elaborado por ninguém mais, ninguém menos que MS: Margo Spielgeman.

“Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas.[...] Todos idiotizados com a obsessão de possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também.”

Margo e Quentin passam a noite juntos propagando o caos e se vingando dos amigos estúpidos de Margo. Quentin nunca fez o tipo aventureiro, mas encarou a noite de loucuras como um ponto de partida para que tudo voltasse a ser como antes entre os dois. Acontece que no da seguinte, Margo não apareceu na escola - o que não é assim tão incomum. Margo tinha o costume de sumir por uns dias, e deixar pistas para ser encontrada. Ela fizera isso inúmeras outras vezes, e sempre voltava cheia de histórias para contar, mas dessa vez Margo não voltou, nem no dia seguinte, nem no outro, e nem no outro... O problema é que for fazer isso com freqüência e já ser maior de idade, seus pais ficam de saco cheio e até mesmo a polícia se recusa a tomar uma atitude. Por isso, cabe a Quentin encontrar Margo, e seguir as pistas que ela deixou indicando sua localização. E para tal feito, Quentin conta com a ajuda de seus dois melhores amigos, Ben e Radar, e da melhor amiga de Margo, Lacey. Durante a busca – que se torna uma grande e divertidíssima aventura de carro - eles percebem que nenhuma das versões de Margo que eles tinham na cabeça era real, e que para encontrá-la era preciso antes de mais nada, conhecê-la. A verdadeira Margo e não a Margo de papel que projetaram por tanto tempo.

“Que coisa mais traiçoeira e acreditar que uma pessoa é mais do que uma pessoa.”

Como já disse no inicio, estou encantada pela história.O John me surpreendeu mais uma vez com sua capacidade de escrever livros tão profundos e ao mesmo tempo tão divertidos (Ri convulsivamente com esse livro) voltados para jovens e adolescentes. É incrível!
A trama foi super bem amarrada e elaborada, se encaixando perfeitamente em seus mínimos detalhes. Margo invejaria a astúcia de Green se ele não a tivesse criado... srsrrs! Outra coisa que me surpreendeu foram os personagens e os diálogos, que me pareceram bem mais reais dessa vez. As gírias, os bordões, o humor, os palavrões, os pais bizarros, as aventuras, as metáforas, a diagramação, a escolha de cores, TUDO contribui para que Cidades de papel seja um livro maravilhoso. Não maravilhoso do tipo ACEDE, nem do tipo Alaska. Mas maravilhoso do tipo John Green: Surpreendente e inigualável.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Poeme-se: Lobotomia



Lobotomia
Labuta minha
Cabeça cheia
Vida vazia 
{Natascha Oliveira}